O TAMANHO DAS EXISTÊNCIAS ┘ Prof. Dalmo Duque
por prof. Dalmo Duque dos Santos
A vida sempre tem dois
aspectos: ela em si, desde sempre, e eterna, divina sem fim. E ela como
existência humana, vivida por nós individualmente, no tempo do nosso corpo, com
o nosso olhar e as nossas experiências.
Mesmo limitada, uma
existência é de uma grandeza impressionante e incalculável. Tão grande que
pensamos que se trata da Vida como um todo. Ela é uma pequena vida, um momento
da Vida maior.
É para ela que traçamos
planos e realizamos sonhos, apesar das decepções e fracassos.
É nela que conhecemos e
convivemos com as pessoas que herdamos como pais, irmãos e outros parentes de
sangue; que conhecemos amigos, encontramos e reencontramos inimigos, cada um
existindo no seu mundo e, como nós, equacionando suas questões pessoais com
seus afetos e desafetos.
A existência não é
apenas o tempo cíclico que vai do nascimento até morte. Nela experimentamos um
outro tempo, que não é cíclico, mas que nos lança em outra dimensão, atemporal.
Isso acontece sempre nos sentimos estranhos e lembramos que o nosso EU vai além
da hereditariedade, da personalidade e da identidade social que portamos. Somos
únicos, como todos que estão ao nosso redor e nós ao redor deles.
A existência, longa ou
curta, é sempre grandiosa e suficiente para realizar muitas coisas. Portanto, o
tempo é o que menos conta na sua trajetória. O que conta mesmo é como
experimentamos as coisas que acontecem ou que deixaram de acontecer. O que
conta não é tempo de duração das coisas e sim o tempo da transformação delas.
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O prof. Dalmo Duque dos Santos é docente da E. E. Margarida Pinho Rodrigues, formado em História e mestrado em Comunicação (UNIP). Ele é autor de vários livros, dentre eles o "Estação Amizade".
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