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POLINIZAÇÃO: PÓLEN E SUSTENTABILIDADE

 
Prof. Lucas Guimarães | História *

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Abelha e o peso da sustentabilidade

Na imagem dessa postagem, literalmente a abelha transporta nas patas traseiras a sustentabilidade do planeta. Oriundas de variadas espécies, as abelhas passam por momentos críticos. O desmatamento e o avanço das áreas urbanas limitaram as áreas de coleta dos recursos essenciais às suas colmeias: o néctar e o pólen. Isso tem colocado muitas espécies sob risco de extinção e, consequentemente, o ciclo biológico de muitas espécies de árvores, que é parte do ecossistema que elas pertencem e dão sustentabilidade. Soma-se, também, a extração indevida de mel, a principal produção da colmeia. Como o que importa é sua extração, o uso de fumaça tóxica ou fogo faz desse empreendimento um ato de extermínio populacional de abelhas e de diversas espécies delas na lista de extinção.

O que vemos sendo transportado pela abelha, ao verificar o intenso trabalho dela pela natureza, enquanto fazemos tão pouco por ela? Como sua ação na natureza gera um ecossistema de sustentabilidade?

Polinização: pólen e sustentabilidade

A abelha, por exemplo, carrega o néctar e o pólen que se encontra nas flores das plantas. Para a grande quantidade de pólen verificada na abelha em menção, foi necessário que ela pousasse em muitas flores e coletassem delas. Não é por acaso que a ocorrência da coleta pelas abelhas do pólen das flores é chamado de polinização. É referência ao transporte do pólen da parte masculina de uma flor (antera) à parte feminina (estigma) de outra, enquanto elas pousam para coletar.

A polinização faz parte do ciclo reprodutivo das plantas, pela qual acontece a fecundação: a formação do fruto para geração de semente nele. Com a germinação dela, nasce uma nova planta, dando continuidade à espécie.

Polinização: ciclo biológico da fecundação 

A fecundação das plantas é realizada de duas formas:

◆ Direta (autopolinização): o pólen é transferido ao estigma da própria flor que o produziu (autofertilização). Dada a sua eficiência imediata, essa forma tem a seu favor a garantia da fecundação, mas priva a espécie da diversificação genética.
◆ Indireta (cruzada): o pólen é transferido de uma flor à outra da mesma espécie, o que oportuniza e promove uma maior variabilidade genética. 

A ocorrência da fecundação cruzada necessita da intervenção de agente polinizador para realização da transferência do pólen às partes reprodutivas da flor. Tem-se, portanto, dois tipos de agentes polinizadores:

Bióticos: insetos (abelhas, vespas, borboletas), pássaros, pequenos mamíferos e morcegos.
Abióticos: vento, chuva e gravidade.

Aproximadamente, segundo estimativa, 80% das plantas com flores carecem da intervenção de animais à ocorrência da polinização. Como outros fatores estão envolvidos, a classificação da polinização foi elaboração segundo a verificação de seu agente polinizador, como segue:

◆ Anemofilia: Quando a polinização é realizada pelo vento, comum em plantas com flores pequenas e discretas, muitas vezes encontradas em gimnospermas.
 Hidrofilia: Ocorre quando a polinização é mediada pela água, geralmente associada a plantas aquáticas, onde o pólen flutua ou é carregado até o estigma.
◆ Entomofilia: Quando os insetos são os principais agentes polinizadores, incluindo abelhas, moscas, besouros, borboletas e vespas.

Os insetos são atraídos, além da motivação da busca do néctar como fonte de alimento, pelas cores e odores das flores. Mais raro, no entanto, ocorre de uma espécie de planta atrair apenas certa espécie de inseto. Enquanto se alimentam ou coletam, expõe o pólen transportado de outra flor ao contato com os órgãos reprodutivos dela e, desse modo, efetiva-se a polinização. Nesse caso, a extinção desse tipo de inseto é risco quase certo do tipo de planta que o atrai.

De forma direta, as abelhas contribuem para o pleno desenvolvimento, como fator particular de polinização, de muitas culturas agrícolas. É urgente o reconhecimento da importância da polinização e de seus agentes aos empreendimentos agrícolas e à sustentabilidade, de modo a gera uma cultura de proteção.

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