CONVITE FORMANDOS 1987 DO PINHO E RECORDAÇÕES
J. A. Lucas Guimarães *
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Na comunidade São Vicente de Outrora no Facebook, em postagem datada de 11/7/2023, Lucy Moraes disponibiliza postagem com reprodução de seu Convite de formatura na turma formandos de 1987 da Escola Estadual Margarida Pinho Rodrigues. Na publicação, ela também torna público um breve depoimento sobre a singularidade que experienciou da ação pedagógica e humanizadora da referida escola, ao descrever sua contribuição à Comunidade com documentos históricos relacionados à história de São Vicente. Lucy Moraes faz saber sobre o documento histórico postado:
“Convite da minha formatura do ginásio (antigo 8° ano) na Escola Estadual de Primeiro Grau Margarida Pinho Rodrigues, Vila Margarida (1987). Bons tempos, onde era prazeroso ir à escola, estudar, conversar com amigos... Não havia muita inimizade... Tudo era muito gostoso. Os professores... Ahhhh, os professores! Além de nos ensinar, o contato com os responsáveis era direto. Todo mundo se conhecia. Até os dias de hoje, encontro-me com alguns deles, é muita conversa, muita lembrança... Alguns, infelizmente, já se foram. Ahhh, saudades! Tudo era muito bom! Lucy Moraes.”
A postagem da ex-aluna da Margarida Pinho motivou outras ex-alunas a fazerem conhecidos seus sentimentos, já abrigados por décadas da vivência da vivência que também tiveram com a ação pedagógica da escola em referência.a Escola da Vila. No caso de Vera Medeiros, ela resume sua retrospectiva como discente da Escola Margarida Pinho como “bons tempos”. A ex-aluno Luiza Medeiro informa que estudou na citada escola de 1993 a 1997, bem como Maria de Lourdes Silva informa que sua formação foi na turma de 1988. Ambas, declaram “saudades!”
Um fator chave do bom desempenho da Escola Margarida Pinho, já na proximidade de seis década, como instituição de ensino, comunidade escolar e espaço de efetivo ensino e aprendizagem, encontra-se na competência da gestão escolar. Em resposta a postagem de Lucy Moraes, o ex-aluno Edson Maresias, ao falar sobre a postura gestora da direção da Escola de sua época de estudante, relata:
“Estudei na época em que a Diretora era a temida D. Idalina. Naquela época, bagunceiro não tinham vida fácil. Como castigo, eu e três colegas, eleitos os piores do ano, tivemos que fazer uma peça de teatro: cantando uma música do Dorival Caime e remando numa canoa improvisada com as carteiras e papelão.”
Em comentário ao relato do Edson Maresias sobre a diretora D. Idalina Appes, uma participante da Comunidade São Vicente de Outrora, Maria Angélica F. Bexiga, completa a descrição do perfil da gestora em referência, quando afirma:
“Conheci dona Idalina Appes. Era amiga da filha dela. D. Idalina era professora raiz, tinha pulso, firmesa e amava o que fazia. Época em que nunca se ouviu falar de aluno agredindo professor. Professor era respeitado. Outros tempos... Quando ela saia da diretoria, a escola virava um convento com alunos na clausura. Até o vento parava!”
Por certo, quando alcança suas seis décadas de serviço educacional à comunidade vicentina, a Escola Estadual Margarida Pinho Rodrigues pode estender a toda sua história, que nunca teve vida fácil no espaço sob sua gestão e dedicado à educação das gerações dos filhos vicentinos o bagunceiro e nem o trapaceiro da nacionalidade brasileira. No entanto, a penalidade de tormento aplicada sob a consciência de seu pertencimento ao contexto comunitário de extrema pobreza e violência é tornar os indisciplinados em artistas e os disciplinados em oportuno ao futuro.
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* O professor Lucas Guimarães é docente efetivo da Escola Estadual Margarida Pinho Rodrigues na disciplina de História.
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